HISTÓRIA

O Espanyol foi fundado em 1900 por universitários da cidade Barcelona com o intuito de criar um espaço na cidade para a prática do futebol apenas por espanhóis. No começo, inclusive, o clube foi batizado de Sociedade Española de Fútbol. Isso para diferenciar o novo time dos outros de Barcelona, que aceitavam muitos estrangeiros.

Com o passar do tempo, porém, a agremiação foi se adaptando e passou por uma série de mudanças de nomes, até firmar o atual em 1912. Com o aval do então rei Dom Alfonso XVIII, a equipe passou a se chamar Real Club Deportivo Espanyol.

As cores branca e azul, que predominam até os dias atuais, foram definidas em 1910. A opção foi uma homenagem a Roger de Lluria, um guerreiro catalão que usava essas cores no seu escudo em batalhas pela Catalunha na Idade Média.

Na segunda década do século XX, o clube passou por um momento importante de sua história ao comprar o estádio do Sarriá. O local posteriormente ficaria marcado por ter sido palco da Copa do Mundo de 1982, realizada na Espanha.

Apesar de ser um clube tradicional, o Espanyol poucas vezes esteve na disputa dos principais títulos espanhóis. Seu primeiro troféu de expressão nacional, por exemplo, veio apenas em 1929, quando o time conquistou a Copa da Espanha.

Mesmo assim, o Espanyol fez valer sua tradição e foi incluído na primeira edição oficial do Campeonato Espanhol. Não conseguiu, porém, ir bem, e terminou o certame no sétimo lugar, entre dez concorrentes. Desse campeonato, só se orgulha do fato de ter sido responsável pelo primeiro gol marcado na história do Campeonato Espanhol. O autor do feito foi o atacante Prat, que superou a defesa do Real Irún, na primeira rodada da competição.

Depois disso, a equipe não conseguiu muitos outros destaques positivos. Na temporada de 1962/63, teve um desempenho irregular e caiu pela primeira vez para a segunda divisão.

Pouco mais de vinte anos depois, o Espanyol conseguiria um feito inédito até então: uma final de copa européia. Na temporada 1987/88, o time catalão perdeu o troféu da Copa da UEFA para os alemães do Bayer Leverkusen apenas nos pênaltis.

Em 1992, a situação financeira do clube, que já não era boa, culminou na transformação do Espanyol em uma sociedade anônima, como forma de adequar-se às normas impostas pela recém-criada pela Liga de Futebol Profissional da Espanha para a participação em competições oficiais.

A medida, no entanto, não sanou todas as dívidas. Acumulados, os débitos forçaram a diretoria do Espanyol a se desfazer do estádio de Sarriá, que foi vendido. Desde então, o clube manda suas partida no Olímpico Lluís Companys, de posse da prefeitura.